Aqui você vai encontrar as novidades sobre o panorama nacional e internacional do Jazz e da Bossa Nova, além de recomendações e críticas sobre o que anda acontecendo, escritas por um time de aficionados por esses estilos musicais. E você também ouve um notável programa de música de jazz e blues através dos PODCASTS.
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NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
..: ESTE BLOG FOI CRIADO EM 10 DE MAIO DE 2002 :..
Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).
BOM DE TOCAR
30 setembro 2010
BRAD MEHLDAU EM ÚNICA APRESENTAÇÃO NO RJ, SOLO
Theatro Municipal, Rio de Janeiro
Horário: 20h30
Ingressos R$ 40,00 (galeria), R$ 60,00 (balcão simples), R$ 120,00 (balcão nobre/platéia) e R$ 720,00 (frisa/camarote)
Informações e vendas: 21 2262-3501
http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/
JAZZ NO MUNICIPAL
27 setembro 2010
JAZZ E O MUNDO CORPORATIVO
22 setembro 2010
É bem provável que para os músicos de Jazz, pouco importa o quanto este estilo tem a ver com o mundo corporativo. Porém, para os que apreciam o Jazz, saber as possíveis correlações entre um e outro talvez seja, no mínimo, motivo para ouvir boas músicas. Pois a partir de agora, vejamos algumas.
As Big Bands, por exemplo, eram grandes orquestras compostas por músicos em número de 12 a 25. Marcaram uma época e tiveram grande sucesso até a revolução do Bebop. No mundo organizacional moderno, existe o mito de que trabalhar em grandes grupos é praticamente impossível. Por quê? Excesso de vaidades, falta de liderança ou inexistência do entendimento de um objetivo comum? Por que nas Big Bands grandes grupos davam certo e nas organizações não?
As Jam Sessions, nome que deriva de Jazz After Midnight, por começar após a meia-noite e não ter hora para terminar, são famosas por serem verdadeiros espaços para duelos de improvisação entre músicos, principalmente sax tenoristas.
Quando falamos em improviso, é possível que o nosso leitor imagine uma sucessão de acordes que, por mais bem que fossem tocados, eram frutos de inspiração, ali, naquele exato momento. Se você acredita nisso, engana-se. Tamanho era o conhecimento que, apesar de gerados ali, os acordes ouvidos já haviam sido planejados e avaliados, segundos antes. No improviso praticado pelos grandes do Jazz, a inspiração contava muito pouco; valia sim, a velocidade de implementação.
No mundo corporativo não é tão diferente. “Gênios” improvisam, mas ser “gênio” requer esforços incomuns para ter a melhor resposta no menor tempo e, para isso, muito há que se estudar, praticar, tentar. Talvez seja cômodo não ser “gênio”.
Duke Ellington era um desses gênios. Foi arranjador, compositor, pianista e líder de orquestra e, tinha excelência em tudo o que fazia. Um grande exemplo da capacidade humana de se fazer muitas coisas e bem. Só por curiosidade: como é visto o colaborador que “faz tudo bem feito” na sua organização? Neste exato momento, você deve estar se lembrando dele: agitado, mesa cheia de papéis, por vezes, sequer almoça e, acredite, raramente é promovido! Seria demais inferir que, no mundo moderno, excesso de competências é castigo?
Jazz e organizações podem identificar, sem esforços, profissionais de grande criatividade. Destes, muitos esbarrarão em questionamentos e dificuldades que os inibirão a continuar a busca pela implementação de suas criações. Outros poucos, não se darão como vencidos até que as ideias valiosas se transformem em atos e fatos. Da perseverança deste tipo de músico registram-se avanços em harmonia, melodia, timbre, ritmo, arranjo, fraseado.
Valorizada por dez entre dez músicos do Jazz, a inovação também o é por nove entre dez empresas. Criatividade é importante, mas nada modifica se não for implementada. A confiança e a ousadia em implementar estas novas ideias é que transforma uma pessoa criativa em inovadora.
Coragem para mudar. Mudar pressupõe abrir mão do status atual; envolve perdas reais e ganhos potenciais. Não há que se culpar a natureza das pessoas; há aquelas mais ousadas, dispostas a arriscar mais e outras, mais conservadoras. Como qualquer investimento, seja no Jazz, na Bovespa ou nas empresas, os ganhos tendem a ser proporcionais aos riscos. Assim, acomodar-se é uma forma de se ver condenado a pequenos ganhos.
Ficar mais velho é sempre uma preocupação dos profissionais do mundo corporativo ocidental. Não sabemos se pela necessidade de viver a vida intensamente ou por entender que a arte não sofre com as fronteiras do tempo. Tal preocupação parece não existir entre os músicos de Jazz.
Grande parte deixa o convívio terreno precocemente (sobre alguns deles, falaremos mais adiante). Outros, como o nonagenário Clark Terry, e o octogenário Lee Konitz, por exemplo, continuam a tocar, e bem, ainda hoje. Hank Jones que trabalhou até os 93 anos, faleceu no último mês de maio, em plena atividade. Que não no Oriente, quantos profissionais, em plena capacidade produtiva são considerados obsoletos pelo mundo corporativo e, compulsoriamente, aposentados?
O Jazz, assim como as empresas, registra “colaboradores-problema”. Viver muito em pouco tempo. Para alguns, como Billie Holiday, Charlie Parker e John Coltrane, a máxima dos excessos foi levada ao pé da letra. Billie faleceu aos 44, Parker, antes de completar 35 e Coltrane, com pouco mais de 40. Talentos apagados em pleno auge das carreiras; colaboradores perdidos por rotulados “perdidos”, em plena capacidade produtiva.
Por outro lado, o Jazz nos proporciona exemplos de artistas que se destacaram pela solicitude e competência; “talentos do bem” como Ella Fitzgerald, por exemplo. A artista morreu aos 80 anos de idade, em 1996, com esta mesma fama. Johnny Hodges, saxofonista de primeira linha, tocou na banda de Duke Ellington por mais de 40 anos, sendo um dos seus destaques até falecer, em 1970. Dois exemplos de talentos reconhecidos e mantidos. Colaboradores que permaneceram nos quadros das organizações em reconhecimento às suas capacidades produtivas.
Investir, recuperar ou demitir? Como fazer para reter talentos e aumentar o ativointelectual da empresa? Estas são discussões que permeiam mais do que corredores e salas; são decisões que podem estar associadas aos valores da própria empresa, à visão do seu papel na sociedade e à própria sociedade em que está inserida.
Art Tatum era cego de um olho, Thelonious Monk tinha um jeito insólito de tocar piano com os dedos estendidos e parecia “batucar” nas teclas. O universo jazzístico não permitiu que preconceitos lhes impedissem de atingir o sucesso. Como são vistos aqueles que, nas organizações, atuam de maneira diferente da ”consagrada”?
Sonny Stit, saxofonista, segundo pares e analistas, poderia ser hoje reconhecido como um “monstro” sagrado do sax alto. Por que não o é? Simples: estava na contramão do sucesso. Primava pela qualidade de vida e, até morrer, não modificou seus ideais. É curioso como o discurso da excelência da qualidade de vida está em voga nas empresas há mais de 10 anos e, por incrível que pareça, poucos são os que a ele aderem. Optar por ele, assim como Stit o fez, é dizer não ao reconhecimento do sucesso por outros, de dinheiro, de fama, de poder. Talvez este discurso ainda tenha outros tantos anos a percorrer até que as pessoas sejam estimuladas a rever seus próprios valores.
É claro que aqui não falamos de todas as estrelas do Jazz nem dos seus grandes feitos. Por mais que gostemos de falar deste assunto, a proposta do presente artigo é a de apresentar algumas das possíveis associações entre o Jazz e as empresas e, sem a pretensão de exauri-las, promover questionamentos que nos levem à reflexão dos modelos e comportamentos que adotamos no mundo corporativo. Não imaginamos soluções por não haver “verdades”. As “verdades” mudam; assim como muda o mundo.
Existem muitos outros exemplos de possíveis associações. Algumas delas abordamos em nossas palestras e cursos; outras, preferimos que você mesmo as busque. Há muito conhecimento nas entranhas do Jazz. Há, no entanto, muito mais ainda que, sobre ele, nós, participantes do universo corporativo, devamos repensar.
Luiz Henrique (Jornalista, economista, consultor de empresas, produtor, crítico e pesquisador musical de jazz e blues, além de chef do Boteco do Conhecimento)
FRANCESCO CAFISO
21 setembro 2010
Francesco Cafiso nasceu na Sicilia em 1989, hoje tem 21 anos. Mas aos 17 gravou esta música que me deixou fora dos trilhos: Green Chimneys, de Thelonious Monk.
Cafiso usa uma expressiva quantidade de notas nos seus solos, mas é fácil ver como ele faz com perfeição, sem abusos e com uma técnica primorosa. Aliás, a escolha de Monk o leva a um patamar superior, uma vez que não são fáceis de serem tocadas.
Ouça "Ciminera Verdi" (Green Chimneys). Clique aqui
TUDO É JAZZ NA ÓTICA DO NOSSO MESTRE LOC
20 setembro 2010
por Luiz Orlando Carneiro
O saxofone – instrumento em forma de ‘j’ que se tornou marca registrada do jazz – foi o responsável pelos momentos mais empolgantes das duas primeiras noites do Festival Tudo é Jazz, que movimentou Ouro Preto (MG), pelo 9º ano consecutivo, até a madrugada de domingo, quando os fogos de artifício dos trompetistas Jon Faddis, o magnífico discípulo dileto de Dizzy Gillespie, Terell Stafford e o brasileiro Claudio Roditi encenaram uma arrebatadora homenagem a Louis Armstrong, em recriações memoráveis de West End blues, Struttin wih some barbecue, Mack the knife,e até uma versão sambada de After you’ve gone? .
Na primeira noite do festival, ao introduzir, a capella, um maravilhoso solo a partir das changes de Body and soul, Joshua Redman, 41 anos, levantou a platéia, dando a alma que faltava ao trio do incrível (ainda) garoto-prodígio Eldar Djangirov, 23 anos, nascido no interior da antiga URSS, há muito radicado nos Estados Unidos. Eldar (com Armando Gola, baixo elétrico, e Ludwig Afonso na bateria) abriu os shows internacionais, voando solo pela pista do piano, e exibindo sua capacidade de tratar com a mesma facilidade, uma mélange de Scriabin, Oscar Peterson, fugas bachianas e contrapontos tristanianos.
TUDO É JAZZ 2010 EM IMAGENS
HARD BOP COM HIGH FIVE QUINTET
15 setembro 2010
Em cena o trompetista italiano Fabrizio Bosso, importante nome do cenário jazzístico italiano. Quem assistiu sua apresentação aqui no finado TIM Festival no quarteto do Stefano di Battista se impressionou com seu som - timbre, energia e rápidos improvisos. Sem duvida hoje um dos melhores no instrumento e é da verdadeira escola do jazz.
O grupo em foco aqui é o High Five Quintet que ainda tem em sua formação Daniele Scannapieco sax, Luca Mannutza piano, Pietro Ciancaglini contrabaixo e Lorenzo Tucci bateria, este já eleito pela crítica local como um dos melhores bateristas do jazz italiano dos últimos anos.
A nata italiana em pura escola do hard bop em tempos modernos.
Na radiola três temas registrados nos albuns Five for Fun e Jazz Desire – Five for Fun, Dubai e Inception.
CLAUDIO RODITI QUINTETO
14 setembro 2010
Noite de segunda feira, 13 de setembro de 2010, na Modern Sound. Roditi toca com Dario, Idriss, Barrozo e Kleberson.
O tema é ‘Blues for Ronnie’, uma homenagem a uma amiga sua que gerencia um club em New Jersey.
Enjoy!
ERIC REED & CYRUS CHESTNUT
13 setembro 2010
Vamos ao cd razão da coluna e que foi o encontro destes 2 gigantes do piano atual, de mesma formação East Coast e treinamento gospel acompanhados por Dezron Douglas ( b ) e Willie Jones III ( dr ) em uma verdadeira aula do bom e velho jazz, ou melhor de uma autêntica celebração como no proprio tema ( tk 5 ) auto explicativo "Prayer " de autoria do Reed, uma balada gospel/jazz lindíssima, para deixar qualquer presbitero de bem com a vida.
São apenas 7 temas alguns standards como I'll Remember April ( DePaul ) que abre o cd concêrto, logo após All The Things You Are ( Kern ) em uma versão fantástica , Two Bass Hit ( Gillespie ) em arranjo bem original, Lift Ev'ry Voice and Sing ( Johnson ), It Don't Mean a Thing para não faltar Ellington e fechando com um blues de autoria dos 2 astros que inclusive dá nome ao cd "Plenty Swing, Plenty Soul", de arrepiar o último pelo do corpo.
Cannonball Adderley Sextet - Work Song
12 setembro 2010
Boa semana !
COLUNA DO LOC
O Jornal do Brasil saiu de circulação das bancas mas continua na internet, no formato online.
Shelly Manne and His Men - 'What is this thing called love' on Frankly Jazz
Um dos maiores Mestres da bateria no jazz aqui simplesmente dando uma aula de como tocar bateria com vassourinhas. Bom sabado .
OS IRMÃOS OLES
07 setembro 2010
MARIO ADNET - PARA GERSHWIN E JOBIM
06 setembro 2010
Mario Adnet nos traz um daqueles trabalhos de excelente bom gosto musical, que certamente ja ganhou minhas 5 estrelas, pois e belissimo.
Com a participacao de musicos por demais conhecidos do CJUB, como os brilhantes Helio Alves (piano), Nilson matta (baixo), Duduka da Fonseca (bateria) e Romero Lubambo (guitarra), alem de Hugo fatoruso (piano), Hugo Pilzer (cello), Marcos Nimrichter (piano), Eddie Gomez (baixo) e outros, o som do album e muito agradavel, sendo quea familia Adnet nos traz a voz suave de Joana num "love is here to stay", que desejamos que nunca acabe...
Em Isabela, belissimo tema instrumental de Adnet, lembramos Jobim.
Parafraseando a gravadora que lancou o album, trata-se de um Biscoito Fino
Beto Kessel
VAMOS TOMAR UM CAFÉ?
Saindo um pouco do trivial, uma aventura bem sucedida da pouco conhecida cantora Anita Gravine. Balanço, ritmo e afinação na voz, acompanhada pelo excelente solo de Tom Harrell. No piano Mike Abene, George Mraz no baixo, Billy Hart bateria e Harry Lookofsky nas cordas.
“THE COFFEE SONG”
LOUIS ARMSTRONG, NOVO LIVRO
Acaba de ser lançado no Brasil mais um livro sobre Louis Armstrong.
“Pops” é o seu título e traz a autoria do jornalista Terry Teachout. Deve ser coisa de qualidade, pois “O Globo” , coisa rara, ocupou toda a primeira parte de seu segundo caderno com matérias assinadas por Luiz Felipe Reis e João Máximo. Já encomendamos o nosso via Internet e depois comentaremos.
llulla